Japão: Informações Gerais

Toda essa primeira etapa do guia é referente a informações gerais. Informações referentes a cada uma das cidades de interesse estão em tópicos específicos.

Inicialmente, se você fala inglês, há sites muito atualizados com informações do Japão que valem a pena ler:

Vamos agora tratar tópico por tópico.

A viagem Brasil/Japão

Visto

Em 2023 foi celebrado um acordo dispensando brasileiros de visto para turismo no Japão.

Lounge

Se você possui algum cartão de crédito “preto” ou outro programa que dá direito a lounges, esta é uma boa hora de pesquisar sobre e programar o uso onde for parar. 

Todos os voos do Brasil para o Japão vão fazer escala em algum lugar e, embora sejam cerca de 25 horas voando, sua viagem vai durar, junto das escalas, facilmente 48 horas. 

A maioria das viagens ao Japão começam em São Paulo. Para os que precisam ir até São Paulo para sair do Brasil, vale a pena pesquisar sobre os lounges no aeroporto de Guarulhos. Vale também pesquisar sobre os lounges nos aeroportos onde fará conexão.

Links:

Sobre trazer comidas ao Brasil

Se quiser trazer comida de origem animal do Japão, o Ministério da Agricultura tem, atualmente, a seguinte instrução: produtos de origem suína estão proibidos de entrar no Brasil. Outros produtos de origem animal podem entrar, desde que:

  • Sejam industrializados (por exemplo, furikake, ochazuke, enlatados)
  • Sejam rotulados (não serão aceitos produtos comprados em mercado e que estejam somente embalados em plastico, papel, etc)
  • Ingredientes como hondashi, kare, wasabi, karashi, layu, são permitidos. 
  • Doces: pode trazer sem restrição.
  • Bebidas não têm restrição. Exceto bebidas alcoólicas, no limite de 12 litros por pessoa.
  • Produtos vegetais in natura não podem ser trazidos, bem como sementes, folhas, raizes. 
  • Chás e cafés podem ser trazidos sem problemas.

Atenção, essa é uma lista geral e eu posso estar errado. Estude as restrições de produtos para entrada no Brasil, seja comida, seja eletrônicos entre outros.


    Língua Japonesa

    Inglês

    Os japoneses não falam inglês direito, eles têm vergonha. Se quiser ter mais chance de perguntar a algum nativo algo, comece falando algo em japonês.

    Fale: “Sumimasen” e depois que prender a atenção deles, tente perguntar em inglês. Se alguns fugirem, não é que eles não querem ajudar, eles só se sentem tímidos ao falar inglês.

    Em Tokyo, tem MUITA placa em inglês e os metrôs/trens e hotéis tem gente que fala inglês. Em Kyoto tem menos placa em inglês, então se prepare. Em Hakone tem pouca coisa em inglês, se prepare mais ainda

    Japonês

    Não sei se você já estudou algo de japonês, mas a fonetização para brasileiros é MUITO fácil. Basta ler como se leria em português, com algumas pequenas diferenças:

    • S tem som de S
    • Z tem som de Z
    • SH tem som de SH (chuveiro/shower)
    • G tem som de G, mas como se fosse o nariz entupido
    • H tem som de R (Hakone -> /racone/)
    • CH tem som de T (Chikuwa -> /tikuua/
    • W tem som de U

    Vocabulários básicos:

    • Sumimasen – com licença (você vai ouvir e usar MUITO essa palavra)
    • Gomennasai – desculpa (você vai ouvir e usar MUITO essa palavra)
    • Arigatou – “brigado”
    • Arigatou gozaimasu – obrigado (no presente)
    • Arigatou gozaimashita – obrigado (para algo que já aconteceu, que lhe foi servido, que lhe foi ajudado)
    • Domo arigatou gozaimasu(shita) – MUITO obrigado

    Etiqueta

    O Japão tem muitas etiquetas, então você vai sempre fazer uma mancada. A vantagem é que “gaijin” (estrangeiro) não tem problema em fazer “besteira”, eles relevam.

    Se precisar de princípios, pense assim:

    1. As etiquetas são sempre voltadas para você ter o máximo de empatia com o outro
    2. Você deve sempre pensar no grupo/coletivo
    3. Você deve sempre se doar ao outro
    4. Você sempre tem de se agir humilde

    Se você conhece sobre budismo, vale lembrar que o Brasil foi construído em cima do cristianismo, o Japão em cima do budismo.

    Eu sinceramente não sei falar sobre as etiquetas em templos. É muito difícil para mim. As vezes vale a pena ficar olhando o que os outros japoneses estão fazendo. Até para lavar as mãos antes de entrar tem uma ordem. Aquele país tem etiquetas demais.

    Etiqueta de ambientes públicos

    Essas primeiras etiquetas podem ser um pouco “demais”, mas garanto que as redes sociais do Japão estão cheias de reclamações de japoneses sobre esses comportamentos.

    • Não fale alto:
      • Não converse alto
      • Não chame as pessoas que estão longe de você gritando ou falando alto
      • Não converse no transporte público (dentro de ônibus e trens)
    • Não pegue nas pessoas
      • Não segure nas pessoas
      • Não se aproxime demais nas pessoas
    • Não pare no meio da rua, encoste em um canto para parar

    Etiqueta de comida

    • Não coloque shoyu no arroz
    • Não mergulhe o sushi no shoyu (apenas passe ele lá)
    • Não finque o hashi na tigela de arroz
    • Não aponte o hashi para os outros
    • Não finque o hashi na comida
    • Se tem um prato comunitário, use a outra ponta do hashi para pegar dele.
    • Não passe comida de um para o outro usando hashi (tem de colocar na mesa para o outro pegar)
    • Tudo que vem em tigela você pode colocar na boca para beber (como um copo)

    Títulos (nomes)

    • San (senhor)
    • Sama (algo meio “divino”, você não vai usar isso, mas vai ouvir)
    • Kun (título informal para jovens homens)
    • Chan (título informal para crianças, meninas, amigos próximos e membros da família)

    Resumindo, você chama todo mundo de nome-san e está resolvido. É melhor não arriscar chamar os outros de “chan” ou “kun”.

    Se abaixar (to bow)

    Eles fazem muito isso, você fará também. Não é problema, é respeito.

    Banheiros

    • Não se assuste em ver mulheres limpando banheiro masculino. Quase somente mulheres limpam
    • Não existem muitos vasos sanitários em banheiros públicos. Eles usam MUITO mictório (e sem divisória)
    • Quando tem vaso sanitário, é do estilo “motoca” que você fica agachado. Eu não consigo usar esses.

    Reflexões e memórias da minha implementação do Proxmox

    Vem um tempo que estou aumentando cada vez mais minhas automações e organização das informações acumuladas. Viver nesses tempos atuais vem sendo cada vez mais complexo e mais cheio de informações a serem acompanhadas, catalogadas e processadas. Estou cheio de pastas, planilhas, catálogos, sites entre outros que acumulo mensalmente.

    Resolvi escrever um pouco, dessa vez em português (já que em inglês está cheio de conteúdo já), meus pensamentos e experiências sobre o Proxmox. Seja para eu relembrar, seja para ver se ajudo alguém com a experiência.

    Meu setup anterior

    Conheci o Proxmox há 2 anos e comecei utilizando um Macbook Pro velho (2011) como servidor. E essa foi uma das melhores decisões que tomei. Antigamente, eu havia montado um servidor para execução exclusiva do TrueNAS, que inclusive funciona até hoje, mas se eu tivesse conhecido o Proxmox antes, possivelmente eu teria utilizado direcionado o servidor para a hospedagem dele.

    Meu Macbook tinha 16GB de RAM, 500GB de SSD e um HDD de 320GB. Eu dependia muito o uso de HDs externos grudados no laptop, além do uso regular do servidor NAS para conseguir hospedar meus arquivos.

    Na minha primeira instalação, eu basicamente tinha 3 máquinas virtuais (VM) rodando, uma com o Home Assistant, outra com o Windows 7, e, por fim, uma com o Ubuntu Server 22.04 com várias coisas rodando, seja via docker, seja nativamente.

    A compra do Dell OptiPlex 3050

    No último mês comprei um Dell OptiPlex 3050 D10U Mini PC usado por cerca de USD 100,00. As especificações quando comprei a máquina foram:

    • CPU: Intel Core i5 (i5-7500T) 3.2GHz Quad Core
    • Memory: 8GB DDR4
    • Hard Drive: 256GB SSD
    • Display Ports: 2
    • HDMI Port: 1
    • USB Ports: 6 (4x USB 3 Type-A (Gen1) ports; 2x USB 2 ports)
    • Headphone & Mic Port: Yes
    • Ethernet: 10/100/1000 Mbps, Gigabit

    O Serverthehome fez, inclusive, uma review sobre esse computador anos atrás. Minha compra dele foi a partir do que já conhecia desse tipo de máquina e essa oportunidade de comprá-la por apenas USD 100,00.

    Estou em fase de melhoria dela:

    • Upgrade para 32GB de RAM: Comprei 2 pentes de memória de 16GB cada para ficar com 32GB no total (obs.: a DELL informa que o limite da máquina são apenas 16GB, mas depois de muita leitura, resolvi arriscar colocar mais).
    • NVME M2 de 1TB: o slot de memória NVME veio vazio (o para wifi e para o formato 2280). Coloquei uma memória de 1TB para rodar o Proxmox e todas as máquinas virtuais.
    • Upgrade para 5TB de HDD SATA: removi o SSD de 256GB e troquei para um HDD de 5TB, pois, por ser um servidor, preciso de espaço para armazenamento dos meus conteúdos.

    Instalando o Proxmox

    Para a instalação na máquina nova, utilizei o tutorial do próprio site do Proxmox que é muito simple e rápido. Um dos pontos que eu deveria ter me atentado na instalação é que 1TB de armazenamento do Proxmox e minhas máquinas virtuais é um pouco de mais. Estou com uma margem gigantesca que não era necessária e que poderia ter sido corrigida durante a instalação.

    Diferente da minha primeira instalação no Macbook Pro, dessa vez eu mudei a abordagem de como vou gerenciar o meu servidor. Em mantive minha VM do Home Assistant (que, inclusive, exportei da máquina antiga e “instalei” na nova sem a mínima dificuldade), mas instalei o Windows 11, Ubuntu Server 22.04 e diversos containers LXC descentralizando minha necessidade no Ubuntu Server.

    O Windows 11

    Eu havia instalado o Windows 7 na máquina antiga devido a alguns fatores:

    • Eu havia somente uma licença do Windows 7 na mão
    • O Macbook Pro de 2011, embora estivesse com 16GB de RAM, tinha outras máquinas rodando e um processador bem velho.

    O Dell veio com o Windows 11 instalado e uma licença disponível. Aproveitei essa licença para uso na minha VM. Além disso, o Windows 7 já deixou de ser suportado pela Microsoft há algum tempo. Por fim, agora estou com 32GB de RAM e uma folga um pouco maior.

    Aproveitei também que usei o NVME de 1TB e, após a primeira instalação e configuração do Windows 11, transformei a máquina em um Template, fazendo um clone dela para, de fato, usar como Windows 11. Se eu quiser ou precisar usar uma instalação nova, tenho disponível uma imagem pronta para isso.

    O Ubuntu Server

    Fiz uma instalação nova e fresca do Ubuntu Server. Minha instalação antiga do Ubuntu está com diversos problemas de erros de experimentos meus e queria começar do zero para evitar novas instabilidades.

    Da mesma maneira do Windows, fiz uma instalação fresca e transformei ela em um Template para clonar rapidamente em novas máquinas virtuais.

    Um dos clones, transformei em uma VM exclusive para rodar meus containers do Docker utilizando o Portainer como gerenciador. Rodei tudo em uma VM, pois a recomendação do próprio Proxmox era executar containers dockers somente em VM.

    O segundo clone, será o que eu utilizarei para programar e rodar scripts diversos tendo acesso regular e risco eventual de eu “quebrar” a máquina.

    Instalarei ainda um terceiro clone que utilizarei para fazer testes, mas, pelo momento, como prevenção para máquinas quebradas, estou utilizando snapshots.

    Containers LXC

    Eu fui apenas agora tentar aprender um pouco sobre containers LXC. Muito menos conhecidos do que o Docker, a vantagem deles é que eles são nativos no Proxmox, sendo de fácil instalação e manutenção. A partir disso, resolvi arriscar trabalhar com eles.

    Uma ferramenta essencial que encontrei para instalar os containers foi o Github do tteck com scripts para Proxmox. Com os scripts dele, a instalação dos containers tornou-se muito, mas muito fácil. Eu ainda assim instalei alguns containers na mão (Tabula e Metabase) e foi um aprendizado interessante. Eu ainda sou um completo amador em servidores, virtualização e containerização, mas o quanto que aprendi no último mês foi incrível.

    Atualmente, estou com os seguintes containers instalados:

    • Heimdall Dashboard: ainda uso o Heimdall porque estou muito acostumado com ele.
    • Change Detection: um dos containers mais importantes que possuo atualmente. Antes dele, eu fazia muita conferência na mão. Com ele, automatizei muitas tarefas da minha vida.
    • Audiobookshelf: eu utilizei pouco até hoje do Audiobookshelft, mas minha ideia é aumentar muito seu uso ainda.
    • Jackett, Sonarr, Radarr, Bazarr: eu rodava todos eles nativamente dentro do meu servidor Ubuntu, o problema é que se minha máquina “estragar” devido ao meu uso, eu perderia todos eles.
    • Tabula e Stirling-PDF: O Tabula sempre utilizei muito para extrair dados de tabelas PDF que me deparo regularmente. O Stirling-PDF veio para me ajudar a processar os diversos PDFs que também me deparo regularmente. No Mac o Preview ajuda muito, mas as funcionalidades do Stirling-PDF são fenomenais.
    • Syncthing: ele me ajuda a ter sincronizado diversos arquivos importantes, em especial meus scripts que executo em várias máquinas.
    • OpenMediaVault: para gerenciar os HDs externos que continuo a espetar na máquina.

    Considerações finais

    Pretendo expandir vários posts com mais detalhes técnicos dessa jornada no Proxmox. A intenção deste primeiro documento é dar uma visão geral de como planejei trabalhar nessa nova instalação do Proxmox.